Pontuação: 21.72 // Estatuto: Muito difícil

180 - Coreia do Norte

A República Popular Democrática da Coreia (RPDC), um dos regimes mais autoritários do mundo, controla rigidamente as notícias e proíbe estritamente o jornalismo independente.

A Agência Central de Imprensa da Coreia (KCNA), porta-voz oficial do governo, é a única fonte autorizada de informação para a imprensa na Coreia do Norte. O regime controla rigidamente a produção e distribuição de informações e proíbe estritamente o jornalismo independente. Algumas agências de notícias estrangeiras, como Agence France-Presse (AFP) e Kyodo News, estão oficialmente presentes no país, mas operam sob estreita vigilância, o que prejudica a sua capacidade de reportagem.

Kim Jong-un, filho e neto dos falecidos ditadores Kim Jong-il e Kim Il-sung, é o líder supremo de um regime totalitário que baseia o seu poder na vigilância, na repressão, na censura e na propaganda. Ele garante pessoalmente que a imprensa transmita apenas conteúdo que glorifique o partido, o exército e a si mesmo.

O artigo 67 da constituição norte-coreana prevê a liberdade de imprensa, mas o regime desrespeita sistematicamente este princípio.

A economia da Coreia do Norte é centralizada e planeada, mas, após uma série de problemas de gestão económica ao longo dos últimos anos, o Estado teve de diminuir o seu controlo sobre a economia privada. Mais de 400 mercados privados (jangmadang) desenvolveram-se pelo país, facilitando a transmissão de informações entre os cidadãos. Filmes e séries de TV sul-coreanos, muito populares, são disseminados através de pendrives, apesar das graves sanções que se aplicam a pessoas que sejam apanhadas em flagrante delito de consumo de informações externas.

O regime permitiu o uso generalizado de telemóveis, incluindo smartphones, mas desenvolveu técnicas que permitem o controle quase absoluto das comunicações dentro da intranet nacional. O simples facto de consultar um meio de comunicação baseado no estrangeiro pode levar a uma estadia num campo de concentração.

Devido ao desejo do regime de se isolar completamente do mundo, jornalistas foram presos, deportados, enviados para campos de trabalhos forçados e mortos por se desviarem da narrativa do partido. Em 2017, o governo chegou a condenar jornalistas sul-coreanos à morte à revelia por meros comentários sobre a situação económica e social do país.