Massacre de Tiananmen
A 26 de abril, um jornal oficial critica o movimento estudantil, anunciando medidas repressivas. Os estudantes chineses pedem “mais democracia e menos corrupção” ao Partido Comunista que, ao modernizar a economia nacional, se recusa a aprovar reformas políticas.
O anúncio desencadeia o protesto de milhares de jovens de 40 universidades do país. Também a classe jornalística (e outras) se solidariza com o movimento, promovendo, pela primeira vez, uma manifestação pela liberdade de imprensa.
A lei marcial é declarada a 20 de Maio e as tropas mobilizadas. A 4 de Junho, o Exército silencia o protesto à força e a tiro. Jamais se saberá o número exato mas estimam-se várias centenas, se não milhares de mortes.
“As tropas têm estado a disparar indiscriminadamente. Ainda assim, estão milhares de pessoas nas ruas que não irão recuar”, relatava no local a repórter da BBC, dando conta do despesero e medo de represálias, da brutalidade do Exército, dos mortos e feridos. Terminava a peça dizendo que os manifestantes lhe tinham pedido: “contem ao mundo” (tell the world).