193 - Cuba
O Governo detém, virtualmente, todos os media, exceto um conjunto de newsletters clandestinas. Opera três jornais nacionais, quatro estações de televisão nacionais, seis estações de rádio nacionais e uma internacional, além de inúmeros meios locais de imprensa e radiodifusão.
Todos os conteúdos são determinados pelo Governo. Em janeiro de 2013, foi permitida a transmissão do canal noticioso venezuelano Telesur na ilha. Embora o canal não critique o Governo cubano, fornece aos espetadores uma visão do mundo exterior. Os cubanos não têm o direito de possuir ou distribuir publicações estrangeiras, embora alguns jornais internacionais sejam vendidos em hotéis turísticos. A propriedade privada de meios eletrónicos também é proibida. A Igreja Católica Romana está autorizada a publicar duas revistas, Espacio Laical and Palabra Nueva, que são, ocasionalmente, críticas do Governo.
Quase 26 por cento dos cubanos teve acesso à internet em 2013. Contudo, a maioria dos utilizadores só pode aceder a uma intranet cubana, monitorizada de perto, que consiste numa enciclopédia, em endereços de correio eletrónico terminados em «.cu», utilizados por universidades e oficiais do Governo, e em alguns websites noticiosos governamentais. O nível de penetração do acesso real à internet global é de, estima-se, cinco por cento, com os utilizadores a depender, muitas vezes, de canais do mercado negro. Para o cubano médio, o acesso à internet global é feito através de tecnologia dial-up ultrapassada e limita-se, em muitos casos, ao correio eletrónico.
Cuba tem as leis de liberdade de expressão e de imprensa mais restritivas do continente americano. A Constituição proíbe a propriedade privada de meios de comunicação e permite a liberdade de expressão e do jornalismo apenas se estes «se conformarem aos objetivos de uma sociedade socialista». As estruturas legal e institucional de Cuba estão firmemente sob o controlo do ramo executivo. As leis de criminalização da «propaganda inimiga» e a disseminação de «notícias não autorizadas» são usadas para restringir a liberdade de expressão sob o pretexto de proteger a segurança de Estado. Em 2013, os jornalistas e bloggers críticos ou independentes continuaram a sofrer de perseguições pela sua cobertura de tópicos considerados sensíveis pelo Governo.