34 - Estados Unidos da América
As redes americanas de cabo em alguns mercados disponibilizam uma variedade de fontes noticiosas estrangeiras, incluindo a Al-Jazeera America, a British Broadcasting Corporation (BBC), os serviços de língua espanhola e os canais estatais de televisão da Rússia e da China.
Os media tradicionais, incluindo os órgãos de imprensa e de radiodifusão, têm sofrido financeiramente devido à popularidade crescente da internet enquanto fonte noticiosa. A indústria dos jornais nos Estados Unidos está a passar por um período de declínio e reajustamento. Há cerca de 1.400 jornais diários destinados primariamente a leitores locais, mas até os maiores e mais prestigiados jornais têm enfrentado uma queda na circulação e nas receitas de publicidade, e têm sido forçados a cortar no pessoal.
Ainda que os Estados Unidos mantenham um panorama mediático diverso e proteções legais fortes para a expressão jornalística, têm igualmente experienciado retrocessos em 2013, devido principalmente às políticas de segurança nacional. A liberdade de imprensa sofreu restrições elevadas sobre o acesso dos repórteres aos funcionários da administração de Obama e à informação governamental, particularmente no que toca à segurança nacional; às escutas do Governo a jornalistas e órgãos noticiosos; e aos esforços continuados para forçar os jornalistas a revelar as suas fontes de informação.
A regulação dos conteúdos mediáticos nos Estados Unidos é mínima, e não há organismos autorregulatórios, quer para a imprensa quer para a radiodifusão, ainda que alguns órgãos individuais tenham um provedor. Por lei, as ondas de rádio e televisão são consideradas propriedade pública e são alugadas às estações privadas, que determinam o seu conteúdo.
Ainda que o Governo não restrinja o envolvimento político ou social na internet, há leis que banem ou regulam a divulgação de imagens de abuso de crianças, a exposição de menores a conteúdos obscenos, a disseminação de informação confidencial, o jogo online e o uso de material protegido por direitos de autor.
Um número crescente de órgãos noticiosos é agressivamente partidário na sua cobertura de assuntos políticos. A imprensa em si é frequentemente uma fonte de controvérsia, com conservadores e liberais a acusar os media de parcialidade. O aparente aumento da polarização é conduzido, a certo nível, pela crescente influência dos canais e blogues noticiosos de televisão por cabo, muitos do quais mostram uma óbvia inclinação editorial.
A popularidade dos programas de rádio, cujos anfitriões são conservadores, também desempenhou um papel importante na polarização dos media. Ainda assim, a maioria dos jornais norte-americanos faze esforços para manter uma barreira de separação entre o relato de notícias, os comentários e os editoriais. A tendência para a redução de jornais detidos por empresas familiares e para o aumento de jornais sob controlo corporativo tem contribuído para um tom editorial menos partidário, ou até mesmo contido.
A administração de Obama tem estado sob fogo por limitar efetivamente o acesso dos jornalistas aos funcionários federais, assim como a eventos oficiais. O Presidente convocou menos conferências de imprensa no seu primeiro mandato quando comparado com os seus antecessores, e favoreceu entrevistas com meios amigáveis para apresentar a sua perspetiva ao público.
Os jornalistas também se têm queixado de um ambiente no qual os responsáveis estão menos predispostos a discutir as suas políticas com repórteres do que em administrações anteriores.