65 - Itália
Os jornais são, principalmente, geridos por partidos políticos ou detidos por grandes grupos media, mas continuam a apresentar uma variedade de opiniões políticas, incluindo aquelas que são críticas do Governo.
As agências noticiosas italianas, que fornecem a maioria dos conteúdos informativos para os media, também oferecem serviços informativos diretos, através de plataformas digitais, como a web, por satélite e telemóveis. Em Itália, as agências noticiosas sempre foram livres da influência do Governo. Atualmente, existem 41 canais nacionais livres e mais de 30 canais pagos.
Em 2013, aproximadamente 58 por cento dos italianos acedeu à internet regularmente e 47 por cento acedeu ao meio via mobile. A internet não é, em geral, restrita, mas as autoridades são intensamente ativas no bloqueio de sites de partilha de ficheiros e de transmissão em direto, se estes fornecerem acesso a conteúdos protegidos por direitos de autor.
A liberdade de expressão e de imprensa estão garantidas constitucionalmente e são respeitadas, em geral, por uma grande variedade de meios dinâmicos. Contudo, o ambiente de imprensa italiano ainda enfrenta vários desafios. A Itália sofre de uma concentração da propriedade de media invulgarmente elevada para a região.
O direito de acesso à informação não está garantido pela Constituição e Itália não tem uma lei de liberdade de informação, dependendo de um emaranhado de normas dispersas por diferentes estatutos. A AGCOM, o regulador nacional de media, tem sido duramente criticada, no passado, por favorecer o império mediático de Berlusconi e outros conglomerados com ligações políticas. A interferência política nas operações e nos conteúdos da RAI, a emissora pública, também contribuiu para prejudicar a liberdade dos media em Itália. Desde a demissão de Berlusconi do cargo de Primeiro-Ministro, em novembro de 2011, a pressão política diminuiu, mas está longe de estar ausente.