2016
PORTUGAL, CAMPEÃO DE TUDO
Em 2016, Cavaco Silva chegou ao final do segundo mandato, realizaram-se eleições presidenciais e venceu Marcelo Rebelo de Sousa. Título do Expresso: “Cavaco muda-se para Alcântara e reaprende a conduzir”.
Neste ano várias grandes investigações passaram pelas páginas do Expresso. Uma das mais mediáticas foi o Football Leaks, nascido, sabemos hoje, do site criado pelo denunciante Rui Pinto para expor negócios obscuros do mundo do futebol.
“O dinheiro escondido dos melhores do mundo. Esquemas de offshores de clientes de Jorge Mendes para não pagar impostos. Ronaldo investigado pelo fisco espanhol. Mourinho já pagou tudo”, lia-se no Expresso.
Outro escândalo internacional foram os Panama Papers, a revelação de milhões de documentos da sociedade de advogados Mossack Fonseca, do Panamá, sobre paraísos fiscais offshore. Chefes de Estado, políticos e milionários foram expostos. “Mais de 240 portugueses nas offshores. Luís Portela, Manuel Vilarinho e Ilídio Pinho entre os envolvidos. Dinheiro do caso Sócrates veio do saco azul do GES” foram os nossos primeiros títulos.
Também tínhamos feito uma reportagem sobre o 127º Curso de Comandos, quando dois dos militares morreram no campo de Alcochete. “Começaram 67, dois morreram, 23 receberam a boina. Os primeiros indícios recolhidos pela Justiça indicam que os instrutores não respeitaram o guião do curso. ‘As mortes foram um murro no estômago. Mas desistir não era uma opção’”.
A Europa continuava a ser fustigada pelo Estado Islâmico.
O maior massacre ocorreu na avenida marginal de Nice, no Sul de França, quando um terrorista lançou um camião sobre a multidão que celebrava o Dia da Bastilha e matou 86 pessoas. Em Berlim, um atropelamento também com um camião num mercado de Natal fez 12 mortos. Em Bruxelas, bombistas suicidas explodiram-se no aeroporto e numa estação de metro causando 35 vítimas mortais.
Os britânicos disseram sim ao ‘Brexit’, a sua saída da União Europeia. O tema ocupou toda a nossa primeira página: “Estados desunidos na Europa. O que se segue na vida dos europeus depois de o Reino Unido ter mudado a História”.
O que também mudou a História foi a aprovação no Parlamento da adoção de crianças por casais homossexuais. A coadoção era uma das promessas eleitorais do PS.
No ano em que aconteceu a maior manifestação de sempre de taxistas contra a Uber, a plataforma digital de transportes que estava desde 2014 a operar em Portugal, realizou-se pela primeira vez em Lisboa a Web Summit, a maior conferência europeia de empresas tecnológicas.
António Guterres foi eleito secretário-geral das Nações Unidas (mesmo enganado por Merkel, que apoiou outra candidata), Assunção Cristas tornou-se líder do CDS-PP, e Donald Trump chegou a Presidente dos Estados Unidos.
Faleceram Leonard Cohen, Prince, Fidel Castro, Shimon Peres, Pierre Boulez, David Bowie, Umberto Eco, Nicolau Breyner, Johan Cruijff, Muhammad Ali, João Lobo Antunes, George Michael…
O Rio de Janeiro recebeu os Jogos Olímpicos de verão no meio de uma conturbada crise política (a Presidente Dilma Rousseff foi destituída e o seu vice-presidente, Michel Temer, ficou Presidente interino durante os Jogos). Portugal apenas conseguiu uma medalha de bronze da judoca Telma Monteiro.
Pelo contrário, conseguimos a glória absoluta no Europeu de Futebol realizado em França, batendo a seleção da casa na final em Paris por 1-0 com golo de Éder.
Uma alegria enorme para todos os portugueses, num ano em que o Expresso escreveu que “Portugal nunca teve tantos emigrantes. 2,3 milhões vivem lá fora”.
 
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