1996

A futura moeda única europeia (euro) ganhou ontem maior credibilidade com a aprovação do Pacto de Estabilidade e Crescimento, que garante a disciplina orçamental dos países que nela participam. Esta aprovação verificou-se durante a cimeira europeia que decorre até hoje em Dublin. A delegação portuguesa é chefiada pelo primeiro-ministro, António Guterres.

Um recente relatório publicado pelo Eurostat, o instituto de estatísticas da União Europeia, deixa bem evidente por que razão se atribui tanta importância ao papel das pequenas e médias empresas (PME) na luta pela criação de mais postos de trabalho.

Portugal levou da Comissão Europeia nota de bom aluno. Para já, só a Itália e Grécia correm riscos de ficar fora do primeiro pelotão do euro.

A comissária do desenvolvimento regional quer limitar as zonas de apoios especiais. Lisboa fica de fora.

Bruxelas quer o IVA cobrado no país de origem do produto. Uma revolução imposta pela introdução da moeda única.

Portugal desistiu do projecto de auto-estrada Lisboa-Valladolid, em favor de um sistema multimodal que o beneficia no acesso aos fundos estruturais. Em Florença, ficou ainda decidido dar mais apoio às PME, para ajudar a criar emprego.

Um total de 68 por cento dos portugueses desejam continuar a estudar ao longo de toda a vida para melhor se adaptarem às mudanças na sociedade. Este desejo de aprendizagem permanente torna-se mais acentuado nos jovens entre os 15 e os 24 anos, onde tal proporção sobe para 78 por cento.

Quase metade dos portugueses apoiam o Euro enquanto os opositores se ficam pelos 31 por cento.