1999

O lançamento visível da estratégia de emprego da presidência portuguesa da EU vai coincidir com a visita a Lisboa da Comissão Europeia, o dia 10 de Janeiro. No entanto, o trabalho preparatório já está em curso, com contactos a diversos níveis com outros dirigentes europeus.

A União Europeia enviou de urgência o seu representante para a Política Externa e de Segurança, Javier Solana, à Turquia depois de alguns sinais vindos de Ancara terem mostrado insatisfação com a forma como aquele país foi aceite formalmente como candidato à adesão.

O pelouro da Justiça e Assuntos Internos ontem confirmado para António Vitorino não era o mais desejado pelo Governo e fica um pouco aquém das ambições de António Guterres para o seu ex-ministro da Defesa e Presidência. O primeiro-ministro preferia a Concorrência, um dossier em que a Comissão dispõe de amplos poderes próprios (a intervenção de Van Miert no caso Champallimaud/Santander é exemplar), e que acabou por ir para as mãos do italiano Mario Monti.

A população da Finlândia está a preparar-se para uma onda de União Europeia ao longo dos próximos seis meses. E tem uma razão forte: o país acaba de entrar, pela primeira vez, para a presidência da EU, um dos maiores testes dos últimos anos para a sua capacidade política.

A política de emprego apresenta-se como uma das prioridades selecionadas pelo Governo para a próxima presidência portuguesa da União Europeia, no primeiro semestre do próximo ano. O empenho no relançamento do mercado laboral foi tratado na semana passada em bruxelas, num conselho de ministros “jumbo” das Finanças e do Emprego dos Quinze, onde se apreciaram os contornos das últimas propostas referentes ao Pacto para o Emprego, a ser finalizado na cimeira europeia de Colónia, em Junho.

As redes transeuropeias de transporte e telecomunicações vão voltar a estar em cima da mesa da União Europeia no seu esforço para promover o mercado de trabalho. Provavelmente, os governos dos Quinze não ficarão surpreendidos se a opinião pública olhar com alguma desconfiança para esta menção, tratando-se de iniciativas de longa data, cuja concretização em pleno tem sido afectada por divergências políticas essencialmente sobre o respectivo funcionamento.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Joschka Fischer, não ficará, certamente, muito surpreendido se o ambiente do conclave ministerial a que hoje preside, em Bruxelas, estiver dominado pela crise aberta com a recente demissão da Comissão.

O World Economic Forum, que decorre na estância turística de Davos, na Suíça, não podia estar a ser melhor para a imagem da Europa. Longe está a última edição do Forum, em que se multiplicavam as dúvidas sobre se o euro viria ou não a ser uma realidade.

A Noruega parece estar agora mais interessada na integração na União Europeia, depois de dois referendos terem rejeitado esta ideia no passado. Numa sondagem de opinião realizada recentemente, 47 por cento dos inquiridos consideraram que, no futuro, a Noruega ficaria mais bem servida com a adesão à UE.

O euro vale, para sempre, 200.482 escudos. Se quiser facilitar, retire as últimas três casas e fice os 200$00. Claro, para pequenos valores. Este é o valor que banqueiros e cidadãos comuns esperavam saber. Agora, a nova moeda, após o fim-de-semana, rivalizará com o dólar pela posse do título de “moeda de referência” no Planeta.