2001

Ao fim de três anos à frente da Comissão Europeia, que se assinalam no próximo dia 22, Durão barroso parece ter encontrado a velocidade de cruzeiro que o ajudará a chegar ao fim do mandato, desejavelmente, com alguns objectivos essenciais alcançados. O relançamento económico e a procura de soluções para garantir a segurança energética e combater as alterações climáticas encontram-se, certamente, no topo da lista de prioridades.

Uma maratona negocial, em Bruxelas, definiu os contornos do futuro tratado europeu. A discussão centrou-se no poder dos países, com um novo sistema de votação adiado até 2014. Sócrates quer terminar os detalhes do texto a tempo da cimeira de Lisboa, 18 e 19 de Outubro.

A chanceler Angela Merkel apostou o peso e a força da presidência alemã da União Europeia para relançar a Constituição europeia, que está no congelador desde a sua rejeição pela França e pela Holanda, nos referendos de 2005. Se tudo correr bem, como diz Durão Barroso, José Sócrates e Portugal poderão ter um papel decisivo, no segundo semestre deste ano.

Os chefes de Estado e Governo dos 27 países chegaram ontem à noite a um consenso para tornar vinculativo o objectivo de em 2020, 20% da energia utilizada na EU virem de fontes renováveis. Este tem sido o principal ponto de divergência em Bruxelas, com a França e os países de Leste a oporem-se a esta ideia, por preferirem que o nuclear fosse uma opção.

A Alemanha, a locomotiva do Euro, cresceu 2.7%; a Espanha registou uma expansão de 3.8%, enquanto a Itália registou a maior aceleração de entre todos os países da área euro. Ontem, a OCDE garantiu que a Europa vai conhecer uma retoma duradoura, mas recomendou a Portugal a liberalização dos despedimentos individuais.

A chanceler alemã, Angela Merkel, apresentou ontem, em Estrasburgo, com os seus homólogos português, e esloveno, Janez Jans, o programa conjunto das três presidências da EU. Na ocasião, Merkel reafirmou que é preciso estabelecer, até final da presidência alemã, ou seja, Junho, um roteiro para sair do impasse sobre o tratado constitucional.

O relançamento do debate sobre o tratado constitucional é a prioridade da presidência alemã da União Europeia, desde ontem. O período de reflexão, provocada pela vitória do “Não” nos referendos de França e Holanda, chega ao fim, mas os efeitos das próximas eleições francesas só farão sentir-se durante a presidência portuguesa, já no segundo semestre do ano.

Quase duas semanas depois da proposta da Comissão Europeia, os ministros dos Negócios Estrangeiros da EU decidiram congelar as negociações sobre oito dos 35 capítulos relativos à adesão da Turquia, em resposta à recusa de Ancara em abrir os seus portos e aeroportos ao tráfego comercial com a República de Chipre, um dos novos Estados-membros dos 25.

Qual é o verdadeiro poder de Durão Barroso? Esta será uma das principais questões que atravessa todo o percurso do presidente da Comissão Europeia, que hoje assinala dois anos sobre a sua nomeação para este cargo em Bruxelas.

Um dia depois de o INE ter revelado que a Internet está presente em 35.2% dos lares nacionais, o Eurostat diz que este valor é um dos mais baixos da União Europeia, cuja média anda nos 52%. A banda larga está presente em 24% dos alres, enquanto a média europeia aponta para os 32%.

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, confirmou onte, em Estrasburgo, no Parlamento Europeu, que Bulgária e Roménia podem aderir à EU no próximo ano, embora fiquem sujeitas a uma vigilância rigorosa, aplicada, nesses termos, pela primeira vez. Barroso garantiu, no entanto, que búlgaros e romenos não serão cidadãos de segunda classe.

A Comissão Europeia irá declarar hoje, em Estrasburgo, que a Roménia e Bulgária podem aderir à EU no princípio de 2007, embora sujeitas a vigilância apertada para encorajar mais reformas judiciais e administrativas. Uma das principais preocupações da Comissão tem a ver com a necessidade de mais progressos na luta contra a corrupção nestes países.

A União Europeia (UE) considera “legítima” uma resposta norte-americana aos recentes ataques terroristas nos Estados Unidos, mas deixou claro que espera ser consultada em todo esse processo.

A União Europeia (UE) vai afirmar, ao mais alto nível, a sua solidariedade com os Estados Unidos e o empenho no combate ao terrorismo, durante uma cimeira extraordinária que a presidência belga decidiu ontem agendar para a próxima sexta-feira, em Bruxelas.

Uma larga maioria dos portugueses sente-se pouco informada sobre o euro. Curiosamente, os portugueses são dos que melhor conhecem o valor da moeda única.

O lobby dos gays e lésbicas quer aproveitar as novas oportunidades da legislação europeia para salvaguardar o seu direito à diferença.

Bruxelas deitou ontem por terra as previsões económicas do Governo português. A inflação, diz, vai subir para 3.5% em 2001, a quarta maior da zona euro; Pina Moura, na última revisão, apontou para uma taxa entre 2.9% e 3.3%.

Um grupo de eurodeputados socialistas defende que a Comissão Europeia se torne no governo da União Europeia (UE) e que o seu presidente seja o primeiro-ministro dos Quinze. Os parlamentares também defendem que os comissários passem a chamar-se ministros da União e que o presidente do Conselho de Ministros seja o presidente da UE.

Quando os alunos do ensino secundário sueco entrevistarem, amanhã vários comissários europeus sobre a Presidência da EU, agora a cargo do seu país, uma das interrogações poderá ser sobre a moeda única. A Suécia não pertence à União Económica e Monetária (UEM), mas terá no seu leque de atribuições a tarefa de fazer tudo para que, dentro um ano, as notas e moedas de euro entrem em circulação sem problemas.